terça-feira, 9 de janeiro de 2024

 09 de Janeiro de 2024.

Para as comemorações de início de ano. As dedicatórias ao ciclos encerrados.
Para os filhos de Saturno.
Para as palavras que sufocaram na minha garganta durante o ano passado.
Que sejam estrelas fora do céu da minha boca.
Que o mundo permita existir um mar fora do meu oceano.

Palavras soltas: No ano passado... Não consegui dormir por sensações ruins quase todos os dias. Andei chorando e sorrindo, mais pra lá que para cá. Namorei. Me frustrei por sentir que existia algo de errado em mim. Passei dias sozinhas. Guardei tanta coisa na mente que lembro do estresse como o mórbido relembra da morte. Não entrei na faculdade. Fiquei mais sozinha. Senti inveja de todo mundo e isso me corroeu. Acho que estou ficando espiritualmente cheia do mundo, suja. Joguei bastante. Escrevi. Amei. Me chateei. Quero ser o vento do interior. Queria ter nascido mineira, porque tudo é legal lá. Acho que todo mundo fala demais e o mundo já está cheio de palavras para serem lidas. Tudo me afeta. Minha mãe me abraçou quando chorei e desde então sempre choro pensando no seu abraço. Ainda tenho as minhas confusões. Quero ser minha pior versão. Quero ser eu. Quero não fazer mal a ninguém. Ainda sou confusa, covarde e infeliz. 

“Muitos anos de sua existência gastou-os à janela, olhando as coisas que passavam e as paradas.”