segunda-feira, 29 de agosto de 2022


Bem naquele momento, o sr. Quintana apareceu na porta da frente e gritou para a esposa:
— Soledad, adivinhe quem está aqui?
Os dois me cobriram de abraços e elogios, e eu tive vontade de chorar. Aquele carinho era tão real, e por algum motivo não me sentia merecedor ou tinha a sensação de que abraçavam o cara que salvou a vida do filho deles. Queria que me abraçassem simplesmente por eu ser Ari, mas para eles eu nunca seria apenas o Ari. Mas eu tinha aprendido a esconder meus sentimentos. Não, não foi assim, não precisei aprender. Nasci sabendo esconder o que sentia.